PDIC - Filosofia ARRASO

  • Tuesday, Apr 30, 2024

Formar mergulhadores não é tarefa fácil. Exige muita dedicação e treinamento por parte daquele que ensina: o instrutor. É dele a responsabilidade de formar, não apenas simples mergulhadores, mas pessoas capazes de entender a atividade como um estilo de vida. Pessoas que aprendam a trabalhar em equipe, a se superar, a respeitar o meio ambiente, a estar em contato com a natureza e, acima de tudo, que vejam o mergulho como algo a ser praticado de forma comprometida e não apenas como um mero passatempo de final de semana.

Existem atualmente vários cursos que ensinam a mergulhar de maneira satisfatória. Mas qual deve ser o diferencial entre os diversos métodos existentes? A resposta é simples: o material humano. Esse não tem similar. O instrutor de mergulho deve ter a sensibilidade, o comprometimento e o entusiasmo suficientes para ensinar a arte do mergulho de forma correta. E para que isso aconteça, é preciso trabalhar os futuros mergulhadores em todos os níveis de treinamento. Em resumo: é o instrutor quem faz a diferença. “A paixão pelo mergulho é passada de forma pessoal e o material humano tem que ser colocado em primeiro lugar.” Marcus Werneck, diretor da PDIC Brasil.

Alguns pontos básicos do ensino devem ser trabalhados para que sejam formados mergulhadores altamente comprometidos, não só em questão de habilidade, mas que vejam a atividade com outros olhos. E foi pensando nesta tarefa, que a PDIC desenvolveu uma filosofia de ensino que resume os objetivos principais para que o aluno se torne um mergulhador e adote a atividade como um estilo de vida. Essa é a filosofia ARRASO. Ensinar os alunos a serem mergulhadores na essência e a perceberem a “grandiosidade da atividade do mergulho”.

Mas o que significa essa nova forma de ensinar mergulho? ARRASO é um acrônimo que sintetiza as principais características do bom mergulhador: A (atitude); R (respiração); R (respirar); A (aquacidade); S (stress); O (orientação). É importante frisar que os termos estão em ordem de prioridade e interligados numa seqüência lógica, devendo ser usados durante todo o tempo para que tanto o instrutor quanto o aluno possam ter um parâmetro para medir a sua performance e entender os objetivos da instrução. Neste aspecto, vale perguntar sempre (como se fosse uma auto-análise): estou sendo um mergulhador ARRASO? O que está faltando para eu ser um mergulhador ARRASO? Cabe ao instrutor passar a filosofia ARRASO para o aluno com convicção e não como uma mera obrigação. Ele precisa ter sempre em mente que esta é uma ferramenta que deve e pode ser usada por ele para formar mergulhadores de verdade em qualquer nível. “Mergulhar é muito mais do que um esporte ou uma aventura, é ingressar num mundo fascinante e silencioso, em que as maravilhas se sucedem. Um espetáculo que só termina quando a prudência ou o relógio nos fazem buscar a superfície.” Mergulhador ARRASO